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Estão abertas as inscrições para empresas interessadas em testar semana de trabalho de 4 dias úteis

A semana de 4 dias úteis começará a ser testada no Brasil em breve

A semana de 4 dias úteis começará a ser testada no Brasil em breve. O modelo já vem sendo praticado em diversos países, como Islândia, Japão, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Bélgica. No Reino Unido, por exemplo, 61 empresas adotaram o programa e, delas, ao fim, 56 optaram por adotar a jornada de trabalho diminuta por um prazo, e 18 decidiram pela política de forma definitiva desde o término do programa.

No Brasil, a largada foi dada com a ONG 4 Day Week Global em parceria com a Universidade de Boston e com a empresa brasileira Reconnect Happiness at Work.

Então, qualquer empresa brasileira, independentemente de tamanho, área de atuação ou número de empregados registrados, está apta a participar do teste. As interessadas, a princípio, devem preencher, até agosto, um questionário disponível no site da 4 Day Week.

Após o término dos registros, em setembro, os estabelecimentos cadastrados começarão a receber preparo técnico e prático, de acordo com a metodologia do estudo. A ideia é que o projeto piloto será concretizado de novembro de 2023 a maio de 2024.

As empresas interessadas em participar do programa deverão remunerar seus funcionários integralmente. Trata-se der um modelo 100% de salário, com pessoas trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade, aponta a 4 Day Week Global.

Para ter acesso à programação e pesquisas, as empresas terão que pagar um valor, o qual ainda não foi divulgado.

De acordo com o CEO da 4 Day Week Global, Dale Whelehan, o arcabouço já aplicado em outras nações é prova que a redução da jornada laboral é eficaz e traz mais produtividade para os negócios: “Nossa pesquisa já demonstrou que o trabalho com redução de horas e foco no resultado é melhor para os negócios, as pessoas e o meio ambiente, e estamos ansiosos para compartilhar esses benefícios com as empresas aqui, no Brasil”.

Com 32 horas de jornada, ao invés de 44 horas, há aumento de qualidade de vida para os funcionários, o que resulta em saúde, bem-estar, melhor equilíbrio da vida pessoal e profissional e felicidade dos colaboradores e suas respectivas famílias, aponta o estudo. Para as empresas, os benefícios são menos rotatividade de funcionários e melhores resultados financeiros.

“Não estamos falando de excluir um dia da semana, mas sim de redesenhar nosso modelo de atuar e produzir, fazendo mais com menos, ou seja: trata-se de uma melhor gestão de tempo, no qual haverá possibilidades de adequar processos, delegando e principalmente revendo o que é ou não prioridade”, finaliza Renata Rivetti, fundadora do Reconnect Happiness at Work.

Da Redação do Portal Dedução